AplicaçãoMedir a profundidade do aço e a lona da carcaça ou cintura metálica em todos os tipos de pneus e, em muitos casos, a espessura total também. CenárioPara fins de controle de qualidade, os fabricantes de pneus precisam saber a posição do aço ou da lona da carcaça que estão integradas às paredes dos pneus de automóveis, caminhões e veículos off-road. Isto é importante, principalmente, para pneus grandes e caros usados em equipamentos de construção de caminhões em que o posicionamento incorreto da lona da carcaça pode causar danos dispendiosos. Em alguns casos, os fabricantes também precisam medir a espessura total da parede. Como a borracha é um material muito atenuador de ondas sonoras de alta frequência e por causa do padrão complexo dos ecos gerados na estrutura interna da maioria dos pneus, estas medições precisão de atenção especial. EquipamentoExistem duas abordagens comuns para a medição dos pneus, elas dependem da espessura deles. A Olympus recomenda os seguintes aparelhos para aplicações específicas: Procedimento de utilizaçãoA atenuação do som e a estrutura interna variam bastante entre os vários tipos de pneus, então é importante avaliar individualmente cada tipo de aplicação. Para realizar medições em borracha é preciso usar sempre transdutores de baixa frequência, 2,25 MHz ou menos. Em alguns casos, é vantajoso usar um transdutor com superfície revestida com epóxi para melhorar o acoplamento entre o transdutor e a borracha. Os transdutores normalmente recomendados para medir pneus são o M1036 da Olympus (2,25 MHz, 12,5 mm de diâmetro e alta penetração) e o V601-RB (500 kHz e 25 mm de diâmetro). Para aplicações de pneus muito grossos (espessura da borracha superior a 100 mm), o par de transdutores V601-RB tem sido usado com sucesso no modo pitch-catch juntamente com um detector de defeitos. Separar as funções de transmissão e recepção permitem ao usuário usar um ganho de recepção muito alto sem os potenciais problemas de ruído associado à ampliação da retomada do pulso de excitação. Para aplicações da borracha do pneu recomenda-se normalmente a utilização de um gel acoplante. Para garantir a umidificação adequada, o acoplante deve ser aplicado na superfície. Assim como nas medições ultrassônicas de espessura, é preciso calibrar a velocidade do som da borracha utilizada usando uma amostra com espessura conhecida. A velocidade do som na borracha muda rapidamente de acordo com a temperatura, então, para melhorar a precisão, a velocidade do som deve ser medida com uma temperatura que corresponde às condições reais de medição. A realização de uma medição de espessura total do pneu bem-sucedida — em oposição à profundidade da lona da carcaça — depende da estrutura da lona da carcaça. Em alguns tipos de pneus, com várias camadas de lona de carcaça e/ou com camadas muito próximas entre elas, a energia do som não será suficiente para atingir a parede interna, impedindo a medição da espessura total. Em outros tipos de pneus, com muitas separações entre as lonas da carcaça individuais, um pouco da energia sonora passará pela parede interna, neste caso, é possível calcular a espessura total. Isto deve ser avaliado caso a caso. Nos casos em que o eco da parede interno é visível, o aparelho pode usar uma segunda configuração armazenada para realizar a medição. A figura 1 mostra o eco a partir do aço da lona da carcaça, medida a partir da banda de rodagem externa, em um pneu de automóvel com banda de aproximadamente 12,5 mm de espessura. A medição foi realizada com o medidor 38DL PLUS com um transdutor M1036 (2,25 MHz). Neste caso, o eco é medido para o primeiro pico positivo. Figura 1
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